Imóvel usado é bom negócio
05/08/2019 - Imóvel usado é bom negócio
Encontrar o imóvel certo para morar e que caiba no orçamento familiar requer muita pesquisa. Quando é novo, comprado na planta, há todo apoio da construtora em relação ao projeto do apartamento. E quando já é usado? O valor costuma ser a primeira vantagem observada, mas como avaliar se o preço realmente vale a pena?
Para o advogado Luís Guilherme Russo, diretor-presidente da administradora de imóveis Irigon, o primeiro passo é avaliar o tempo de construção do imóvel e as condições atuais estruturais.
“É importante que ele observe tudo que ainda é original, o que já foi modificado pelos moradores anteriores e, principalmente, o que o comprador terá que mudar. Além disso, é fundamental saber o tempo do imóvel, pois um apartamento ou casa de dez anos tem características diferentes de um de 40 anos, por exemplo”, explica.
O comprador deve verificar ainda se toda a documentação do imóvel está em ordem. “É de extrema importância a exigência de todas as certidões, tanto do imóvel como de seus donos dos últimos cinco anos, para que qualquer possibilidade de limitação dessa propriedade seja conhecida do comprador”, orienta Lígia Oliveira, especialista em Direito Imobiliário da RSM advogados.
Entre os documentos necessários, estão certidão negativa de débitos municipais, declaração de quitação de débitos condominiais (no caso de compra de apartamento), comprovantes de pagamento das três últimas contas de água, luz e gás e cópia do carnê do IPTU.
Uma das vantagens é morar em espaços mais amplos
Além disso, o imóvel deve estar com a escritura devidamente registrada no Cartório de Registro de Imóveis e livre de qualquer ônus, como hipotecas ou alienação fiduciária, e penhoras. “E o proprietário do imóvel não pode estar impedido legalmente de vendê-lo, como ter seus bens indisponíveis por decisão judicial”, explica Russo, diretor da Irigon.
Outra questão que os consumidores não podem se esquecer é de fazer uma vistoria para verificação de todas as instalações, por questões de segurança à integridade física.
“Verificado um problema antes da efetivação da compra, as duas partes podem resolver com uma negociação, em razão do potencial de desvalorização ou de despesas futuras que determinados defeitos têm”, afirma Lígia.
Pé direito mais alto
Entre vantagens apontadas pelos especialistas, está o tamanho de imóveis usados que são antigos. “Eram empreendimentos mais amplos e construídos com paredes mais espessas, que ajudam a abafar os ruídos”, explica Russo.
O teto mais alto é outro ponto positivo. O pé-direito de um apartamento costumava ter 3 metros, e os atuais têm, em média, 2,20 metros.
Fonte: Extra